Como reduzir o risco de quedas em idosos
As quedas de idosos são, infelizmente, um problema sério e relativamente comum na rotina da terceira idade. Embora não sejam inevitáveis, podem sinalizar o início de fragilidade ou até indicar o aparecimento de alguma patologia. Por isso, devemos ter atenção e dedicar tempo e recursos para prevenir que esses eventos aconteçam com nossos entes queridos.
Sumário
Quais são as principais causas de quedas em idosos?
Existem algumas causas recorrentes e comuns em episódios de quedas, relacionadas a fatores como:
1 - Ambiente de difícil locomoção ou inadequado
Sem dúvida, esse é um dos fatores mais determinantes e um dos principais vilões das quedas em idosos. Um ambiente domiciliar que não possui adaptações para garantir uma mobilidade adequada é o grande causador de quedas. Geralmente, o acidente ocorre pela combinação de vários fatores internos, como um piso escorregadio, objetos espalhados pelo chão, tapetes, iluminação inadequada e até a ausência de corrimão para apoio em áreas mais estreitas e de difícil locomoção.
2 - Medicação mal administrada
O uso incorreto de medicamentos pode causar diferentes efeitos colaterais em idosos, especialmente no caso de medicações diuréticas, sedativas, calmantes, antidepressivos e anti-hipertensivos, que são as campeãs em provocar sintomas como tontura, sonolência e queda repentina de pressão, fatores comuns para o desencadeamento de quedas.
3 - Falta de atividades
O sedentarismo também é um dos grandes vilões quando o assunto são quedas. Isso porque os idosos que não praticam atividades físicas têm maiores chances de sofrer quedas, pois a mobilidade só é boa quando há cuidado com o fortalecimento do corpo, equilíbrio e flexibilidade, itens fundamentais que estão presentes como resultado de uma vida física saudável.
4 - Doenças crônicas e agudas
Parkinson, fibromialgia, lombalgia, osteoartrite…são algumas das doenças crônicas e agudas que contribuem para a falta de mobilidade e equilíbrio, aumentando o risco de acidentes.
5 - Distúrbios mentais
A demência e a confusão mental, por exemplo, também podem causar quedas em idosos. As alterações neurológicas, principalmente na terceira idade, podem comprometer a postura, reação dos membros, percepção do corpo e equilíbrio.
Um caso típico é o Alzheimer, que, por exemplo, contribui para que o idoso tenha uma menor força muscular, afetando sua capacidade de resistir a quedas.
Quais são os tipos de quedas mais frequentes em idosos?
As quedas mais comuns em idosos geralmente ocorrem devido a distúrbio de marcha, equilíbrio, vertigem, confusão mental, fraqueza, alteração postural, hipotensão ortostática, lesão do sistema nervoso central entre outros fatores. Além dessas causas, as quedas também podem ser provocadas por problemas ambientais, como a presença de ambientes que dificultam uma locomoção segura.
Fatores relacionados ao ambiente:
- Iluminação: ambientes mal iluminados;
- Arquitetura: casas com planejamento inadequado;
- Móveis: disposição inadequada e móveis instáveis, que não servem como apoio;
- Espaço: presença de objetos escorregadios espalhados pela casa;
- Cores: ambientes muito escuros.
Quais os riscos de queda em idosos?
Os riscos de uma queda para idosos são sérios e podem comprometer a qualidade de vida. Aproximadamente 5% das quedas resultam em fraturas do úmero, punho ou pelve, e cerca de 2% resultam em fratura de quadril. Outras lesões graves (por exemplo, lesões na cabeça, lesões internas e lacerações ) ocorrem em cerca de 10% das quedas. Algumas lesões decorrentes de quedas são fatais. Aproximadamente 5% das pessoas idosas com fratura de quadril morrem durante a hospitalização. A mortalidade geral em até 12 meses após fratura de quadril varia de 18 a 33%.
Referência: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/geriatria/quedas-em-idosos/quedas-em-idosos
Dentre as principais consequências físicas e psicológicas, podemos listar:
- Fraturas ósseas;
- Lesões nas articulações;
- Traumatismo craniano;
- Limitação do movimento;
- Acúmulo de secreções nos pulmões;
- Pneumonia;
- Distúrbios gastrointestinais;
- Infecção do trato urinário;
- Diminuição do fluxo sanguíneo;
- Osteoporose;
- AVC;
- Síndrome pós-queda;
- Demência;
- Ansiedade e depressão;
- Perda de segurança e da autoconfiança;
- Pantofobia (medo de ficar em pé ou de andar ).
Como trabalhar para prevenir quedas em idosos?
Existem algumas orientações gerais para prevenir quedas. Vejamos:
1 – Realize exames oftalmológicos e físicos anualmente, principalmente para avaliar a existência de problemas cardíacos ou de pressão arterial.
2 – Mantenha uma dieta com ingestão adequada de cálcio e vitamina D.
3 – Atente-se aos banhos de sol diários.
4 – Pratique atividades físicas que desenvolvam agilidade, força, equilíbrio e coordenação. Se possuir alguma comorbidade, opte por exercícios que respeitem suas limitações.
5 – Remova do ambiente doméstico qualquer item que possa provocar escorregões e instale suportes, corrimãos e outros acessórios de segurança em locais com risco de queda.
6 – Priorize o uso de sapatos com solas antiderrapantes, preferencialmente sem cadarços e sempre com a sola em bom estado.
7 – Evite a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.
8 – Mantenha uma lista atualizada de todos os medicamentos, revisando com seu médico os possíveis efeitos colaterais e orientações corretas de cada medicamento.
Esses cuidados e adaptações podem reduzir o risco de quedas em casa, garantindo maior longevidade e qualidade de vida para os idosos.
9 – Invista em atividades de fortalecimento e mobilidade.
A prevenção também inclui uma rotina de qualidade, que fornece ferramentas para manter a força muscular e a autonomia. O Clube Paineiras do Morumby oferece um vasto leque de atividades esportivas e sociais para a terceira idade, com foco na manutenção da qualidade de vida.
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