De olho no diabetes

Hora de reforçar a importância da prevenção, do diagnóstico e do controle dessa condição que a feta a vida de milhões de brasileiros.


De acordo com dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil ocupa a 5ª posição mundial em número de casos, com mais de 16 milhões de pessoas vivendo com diabetes — sendo que boa parte ainda não foi diagnosticada. Celebrado em 26 de junho, o Dia Nacional do Diabetes chega para reforçar a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do controle contínuo dessa condição que afeta milhões de pessoas no Brasil.

O que é o diabetes?

O diabetes mellitus é uma doença crônica caracterizada pela elevação persistente da glicose no sangue, devido à deficiência na produção e/ou ação da insulina. Existem diferentes tipos, sendo os principais:

Tipo 1: geralmente diagnosticado na infância ou adolescência, de origem autoimune.
Tipo 2: mais comum, associado ao estilo de vida e ao envelhecimento. Costuma ser silencioso e pode levar anos para ser diagnosticado.

Quando fazer o rastreamento?

A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda o rastreamento do diabetes tipo 2 para:

– Pessoas a partir dos 45 anos, mesmo sem fatores de risco
– Adultos com IMC ≥ 25 kg/m² que apresentem pelo menos um dos seguintes fatores:
– Histórico familiar de diabetes
– Hipertensão arterial
– Dislipidemia (colesterol ou triglicerídeos alterados)
– Histórico de diabetes gestacional ou filhos com peso ao nascer > 4 kg
– Síndrome dos ovários policísticos
– Estilo de vida sedentário

O exame de escolha para o rastreio é a glicemia de jejum, podendo ser complementado com hemoglobina glicada ou teste de tolerância à glicose. Em caso de resultados normais, a triagem deve ser repetida a cada 3 anos.

Complicações: por que o diagnóstico precoce é essencial?

O diabetes mal controlado, ao longo do tempo, pode afetar diversos órgãos e sistemas. As principais complicações incluem:

  • Doença cardiovascular (infarto, AVC)
  • Doença renal crônica
  • Retinopatia diabética (pode levar à cegueira)
  • Neuropatia periférica (perda de sensibilidade, especialmente nos pés)
  • Pé diabético (feridas que não cicatrizam, risco de amputações)

Por isso, o controle da glicemia, junto ao acompanhamento de outros fatores como pressão arterial e colesterol, é fundamental para evitar essas complicações.

Atividade física: parte do tratamento e da prevenção

Além da alimentação balanceada, a atividade física regular é um dos pilares mais eficazes tanto para a prevenção quanto para o controle do diabetes tipo 2. Exercícios aeróbicos (como caminhada, corrida, natação, bicicleta etc), combinados com fortalecimento muscular, melhoram a sensibilidade à insulina, ajudam na perda de peso e promovem bem-estar.

Prevenir é sempre o melhor caminho. Sua saúde merece esse cuidado.

Eduardo Martendal Vallandro Costa – CRM 262198/SP

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