Jornalista, administrador e formado em gastronomia, apaixonado por comunicação e paineirense desde criança, esse é Guilherme Caram, Diretor de relacionamento com clientes da Piquet Law Firm, empresa que trabalha com processos jurídicos e burocráticas para facilitar a ida de brasileiros aos EUA.
O nosso personagem da coluna Pé Na Estrada desta edição, nos brinda com as histórias do início da sua trajetória profissional até os dias atuais, onde divide a sua rotina que é estar 3 semanas em São Paulo e outra em Miami na Flórida e ainda nos dá dicas de como e quais Vistos mais adequados a cada tipo de perfil. Sua rotina é uma tentativa de adequação à jornada dos filhos que frequentam o clube como fazia na infância, “O Paineiras me fez gostar de esportes. Eu ficava o dia inteiro aqui, saía da escola cedo, vinha a tarde pra cá, eu passava a tarde toda aqui, ou fazendo natação, ou fazendo futebol, ou só brincando e curtindo. Hoje meus filhos fazem exatamente a mesma coisa, me vejo muito neles”, nos conta Guilherme.
Importante em sua formação, foi no Paineiras que passou a gostar da prática de diversos esportes que mais à frente o ajudou em sua primeira profissão, a de jornalista esportivo. Caram nos contou que trabalhou em uma das fases mais importantes para o jornalismo esportivo televisivo no país, quando fez parte do time do Globo Esporte de São Paulo, comandado à época por Tiago Leifert.
“O Paineiras me fez gostar de esporte, me fez pegar gosto e entender a importância do esporte na formação das pessoas. Hoje, passo para os meus filhos, que fazem judô e natação no clube”
“Hoje atendemos artistas, atletas, pessoas físicas e investidores em geral. Tem muita burocracia, e nesse mercado, tem muitos oportunistas no mercado também, por isso, ajudo pessoas a viverem, morarem trabalharem ou fazer negócios nos Estados Unidos.”
Hoje a procura por negócios e moradia nos Estados Unidos por brasileiros tem crescido exponencialmente, só em janeiro de 2023 a empresa de Guilherme recebeu o mesmo número de pedidos de processos para imigração de todo o período de 2020. Após algumas mudanças nas regras de imigração definitiva para o país, desde 2016 para entrar e ter direito ao Green Card é possível através de aquisição de bens, investimentos ou mesmo o currículo e histórico profissional, basta saber e atender algumas exigências do que ele chama de profissões de interesse nacional, como marketing, médicos, engenheiros, pilotos de avião, enfermeiras etc. “Muita gente não sabe, mas você pode conseguir o Green Card com visto de residência permanente nos EUA apenas através do seu histórico acadêmico e profissional, mesmo sem ter a vivência ou mesmo sem nunca ter pisado nos Estados Unidos”, conta.
“Se você tem filho na escola e quer imigrar para os EUA, não pode se aventurar. Se for com visto de turista e der entrada no visto permanente, pode não dar o tempo hábil e vai precisar voltar.”
Além da questão burocrática é importante que a pessoa interessada em imigrar para outro país, não o faça de maneira brusca, ou seja, é possível fazer todo o processo burocrático a partir do Brasil ainda, para que não saiam de suas rotinas. Até mesmo para que aproveite ao máximo às suas atividades cotidianas enquanto um profissional dedicado faz todo o trabalho. Mesmo em um país desenvolvido, há um tempo de espera que varia entre 8 a 10 meses, podendo chegar em um ano em alguns casos. “Estamos falando de repartição pública, mesmo nos Estados Unidos, tratamos e lidamos com repartição do Governo, então, têm um tempo específico e carregado de burocracia no processo”, afirma Caram.
No caso de atletas, há uma série de possibilidades quando se trata de autorização para estar e competir, ou mesmo estudar nos Estados Unidos. Muitos atletas que vão buscar bolsas de estudos em faculdades e competidores podem ter problemas para participar ou mesmo receber premiações por não ter tratado corretamente a sua entrada no País. Para esses casos especificamente, Caram nos conta que além do Visto conquistado através do currículo e histórico, têm a possibilidade dos Vistos “P” e “O”, que são temporários e que dão aos atletas ou artistas em geral possibilidade de trabalhar, competir no país enquanto os eventos acontecem, podendo se estender, a depender de cada caso, até no Green Card permanente.
“O contencioso é muito mais barato que o litigioso, é melhor você investir e fazer a coisa certa, do que gastar muito para corrigir a rota.”
No caso de atletas, ter um passado e histórico em um clube como o Paineiras pode ajudar na aquisição dos Vistos, uma vez que há registros, sequência e frequência das atividades no país de origem. Principalmente em casos em que o atleta tenha sido destaque dentro da sua modalidade, tenha vencido prêmios ou mesmo ter sido fonte de matérias para revistas etc.
Para Guilherme, hoje, o perfil de pessoas que têm o procurado para a realização deste tipo de trabalho varia entre investidores, atletas, artistas e famílias inteiras que querem viver a experiência de viver em um país mais seguro e com educação de melhor qualidade. Mesmo com todos os benefícios de um país de primeiro mundo, faz questão de dizer que não encontrou em outro país o ambiente e estrutura que o Clube Paineiras do Morumby proporciona a ele e sua família, “Eu sinto muita falta do clube, nas semanas em que estou no Brasil, fico muito aqui no Paineiras, meus filhos também. Lá não tenho isso, me faz muita falta. Não há estrutura parecida com o que temos aqui, o máximo que faço lá é ir à praia e de segunda a sexta, só academia de prédio” relata Guilherme.
O papo com Guilherme foi finalizado em tempo de ele conseguir ir para o treino de Tênis.