Os saltos ornamentais é uma prática esportiva formada por uma conjunção de acrobacias realizadas no ar enquanto se dá um salto de um trampolim ou plataforma para a água. Neste artigo, vamos falar sobre essa modalidade, suas regras, história e a tradição do clube Paineiras do Morumby no ensino de diversos esportes aquáticos.
Índice
A história dos saltos ornamentais
Ornamental é uma palavra de origem latina, advinda do termo ornamentum, cujo significado é adorno, meio de enfeite, ou de acréscimo de equipamento.
Sua história começa como uma mera diversão entre os gregos que pulavam de rochas para as águas do mar. Aliás, existem pinturas que registram saltos por diversão dos antigos povos egípcios, caldeus e babilônicos. A diversão se tornou tão grande que, ao longo dos anos, competidores começaram a surgir, buscando por alturas e acrobacias cada vez maiores.
O esporte se tornou competição em 1883, na Inglaterra, e teve sua primeira Associação, o que deu um caráter esportivo à brincadeira, em 1901, com a Associação Amadora de Saltos, com regras definidas pelos países participantes.
Apesar de muito respeitado e praticado, os saltos ornamentais não integravam a programação dos jogos Olímpicos da antiguidade. Eram considerados mais como uma prova de coragem e perseverança, sendo utilizado como uma etapa de treinamento para outras modalidades aquáticas.
De maneira geral, sua difusão data de meados de 1600, quando começou a ser praticada de maneira mais formal por países do norte da Europa, onde a ginástica tinha uma certa tradição.
Com o sucesso da natação, os saltos começaram a virar moda na Europa, especialmente nos países banhados pelos mares Báltico e do Norte.
A primeira competição documentada e fotografada foi em 1871, em Londres. Acredita-se que, a partir daí, e da construção de uma torre de cinco metros para a prática dos saltos, na Inglaterra, foi fundamental para a difusão do esporte, que logo chegou aos Estados Unidos.
Saltos ornamentais: o que é?
O salto ornamental é um esporte que consiste em saltar de uma plataforma elevada, fixa ou não (trampolin), direto para uma piscina realizando uma série de movimentos acrobáticos e estéticos.
A altura da plataforma, em competições, chega a 10 metros. Os saltos costumam ser avaliados por sete juízes, que podem atribuir uma nota de 0 a 10 imediatamente após o salto, considerando requisitos como dificuldade da manobra, posicionamento do atleta ao sair e cair na água e outros.
As provas podem ser disputadas em trampolins de 1 e 3 metros e em plataformas com altura mínima de 5 metros e máxima de 10 metros. De maneira geral, são seis os grupos de saltos:
- Salto de frente: quando o saltador parte da posição inicial de frente para a água.
- Salto de trás: quando o saltador parte da posição inicial de costas para a água.
- Salto revirado: quando o saltador sai de costas com execução do movimento para frente.
- Salto parafuso: quando o saltador realiza giros, tornando o corpo como eixo de rotação.
- Salto de equilíbrio: quando o saltador sai a partir de uma posição de parada de mãos.
Além dos seis grupos, é possível somar algumas posições que se dão a partir de combinações de movimentos corporais, como:
- Grupada: salto com os joelhos juntos, voltados para o peito e com o corpo dobrado nos joelhos e quadris.
- Esticada: salto com o corpo reto.
- Livre: saltos com combinação das posições básicas.
- Carpada: salto com as pernas retas e corpo dobrado na cintura.
Local da prática dos saltos ornamentais
Os saltos ornamentais são realizados em uma torre de concreto, que normalmente acaba na altura da plataforma de salto. À frente dessa plataforma deve ficar de frente com a piscina, que deve ter, no mínimo, 5m de profundidade para evitar acidentes.
O ponto mais alto da torre na plataforma deve ter 6m de comprimento e 2,6m de largura, situada a 10m da superfície da piscina. Já o trampolim deve ser feito de alumínio, com 50cm de largura e 4,8m de comprimento, estando a 1m ou 3m acima da piscina, dependendo da prova em disputa.
Como são feitos os saltos ornamentais?
Os juízes sempre avaliam os movimentos dos atletas levando em consideração a beleza, técnica, graça e estilo utilizado. Por isso, é fundamental que o atleta escolha bem o salto que irá realizar, pois um erro pode atingir toda sua pontuação e fazê-lo perder a competição.
Acredita-se que existem mais de 80 variações de manobras possíveis na modalidade. As mais comuns são o mortal e o twist. No mortal, o giro acontece na vertical, enquanto no twist o atleta faz um giro em torno de si mesmo na horizontal. Esses dois saltos básicos podem ter bastante variações, sendo apresentados em sentido inverso ou com as pernas esticadas ou dobradas.
Quais os equipamentos necessários para a prática do esporte?
Os atletas de saltos ornamentais usam apenas uma sunga de mergulho (homens) ou um maiô (mulheres). Nem mesmo os óculos são utilizados, pois podem causar lesões aos praticantes no momento do impacto com a água.
Esportes aquáticos do clube Paineiras do Morumby
O clube Paineiras tem tradição na formação de jovens e atletas em diversas modalidades dos esportes aquáticos e da ginástica. Por exemplo:
1 – Polo Aquático: é uma das modalidades mais cultivadas no Clube Paineiras do Morumby. O clube conta com um gigante complexo aquático, com 7 piscinas aquecidas, sendo uma delas olímpica, piscina kids e piscinas sociais.
O longo apoio e incentivo ao Polo Aquático é comprovado pelas conquistas como o Pan-americano de Clubes e importantes títulos nos campeonatos paulista e brasileiro, além de estar diretamente envolvido na formação de base de atletas que servem com excelência a seleção brasileira em jogos olímpicos, campeonatos mundiais, pan-americanos e sul americanos.
2 – Nado sincronizado: é um esporte aquático de grande performance artística, assim como o salto ornamental, mas que exige muito fisicamente dos atletas.
No Clube Paineiras passou a ser praticado no final da década de 80, e desde então tornou-se um dos esportes de maior excelência no clube. Em menos de 20 anos de prática, o clube se fez presente em quatro Olimpíadas consecutivas, revelando as maiores referências em Nado Sincronizado no país, que são as gêmeas Carolina e Isabela de Moraes, e a dupla olímpica Nayara e Lara.
O clube Paineiras também oferece diversas outras modalidades aquáticas, como natação, ginástica artística e outros, tanto em atividades competitivos como formativas, divididas em:
- Área formativa: responsável por todos os cursos de iniciação e aperfeiçoamento esportivo, tanto no SEFFE (Setor de Educação Física e Formação Esportiva), que engloba crianças de 1 a 12 anos, e SAT (Setor de Aperfeiçoamento Técnico), que engloba os jovens a partir dos 12 anos.
- Área recreativa: responsável pela realização de eventos que podem ter duração de um final de semana a um ano, como também pela gestão de espaços e cursos das mais variadas modalidades.
- Área competitiva: responsável pela representatividade do clube Paineiras em competições oficiais junto aos órgãos máximos do esportes.
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