O que são saltos ornamentais?
Imagine um esporte onde o ar vira pista, o corpo vira pincel e a piscina, a moldura da obra. Esse é o salto ornamental.
Mais do que um show de acrobacias, trata-se de uma modalidade que exige coragem, controle corporal e uma conexão intensa entre movimento e mente.
Nos saltos ornamentais, os atletas se lançam de plataformas e trampolins realizando giros, piruetas e entradas precisas na água.
O objetivo deste esporte é combinar dificuldade e execução perfeita, sendo avaliados por juízes em quesitos como altura, forma e entrada na água. Essa arte atlética faz parte do universo olímpico desde o início do século XX e continua fascinando por sua beleza e intensidade.
Sumário
História e evolução dos saltos ornamentais
A modalidade surgiu na Europa, por volta do século XIX, como um desdobramento natural das brincadeiras de mergulho em rios e lagos.
Na Alemanha e Suécia, grupos de ginastas passaram a testar acrobacias a partir de plataformas improvisadas.
O esporte logo se formalizou: foi incluído nos Jogos Olímpicos em 1904, com provas masculinas. Já as mulheres entraram só 8 anos depois, em 1912, e desde então, o nível técnico só cresceu.
Aqui no Brasil, a modalidade chegou com mais força nos anos 1950, ganhando relevância em centros de alto rendimento.
Principais modalidades dos saltos ornamentais
Plataforma
Na modalidade de plataforma, os atletas saltam de estruturas fixas com alturas de 5, 7,5 ou 10 metros. As manobras exigem força, coragem (“muuuuita coragem”) e uma execução quase coreografada. A altura maior permite movimentos mais complexos, mas também cobra mais controle e preparo.
Trampolim
Aqui, o salto parte de trampolins flexíveis, com 1 ou 3 metros de altura. A diferença está na propulsão: o trampolim impulsiona o atleta, permitindo sequências acrobáticas que misturam leveza e potência.
Sincronizado
Saltos sincronizados são realizados por duplas que devem executar os mesmos movimentos simultaneamente. O sincronismo, a harmonia e a precisão da entrada na água são fundamentais para uma boa pontuação.
Benefícios da prática dos saltos ornamentais
Fisicamente, melhoram o condicionamento cardiorrespiratório, fortalecem membros inferiores e superiores, e aumentam a flexibilidade. Mentalmente, trabalham o foco, disciplina, resiliência e controle emocional.
Como a atividade é aquática, há menor impacto nas articulações, tornando o esporte seguro para diversas idades.
Quem pode praticar saltos ornamentais?
Apesar da imagem de alta performance associada ao esporte, os saltos ornamentais podem ser praticados por crianças, adolescentes e adultos. A progressão respeita o ritmo e a habilidade de cada um, garantindo segurança e aprendizado.
Não é necessário ter experiência em ginástica ou natação para começar. Com orientação adequada, qualquer pessoa pode explorar os benefícios e a beleza dessa modalidade.
Estrutura e equipamentos utilizados
Os saltos ornamentais exigem instalações seguras e equipamentos de alto padrão. A principal estrutura é a piscina com profundidade mínima de 5 metros, acompanhada por trampolins e plataformas com medidas oficiais.
Plataforma:
A plataforma de 10 metros tem dimensões de 6 metros de comprimento por 3 metros de largura, com um espaço de 1,5 metros entre a borda da plataforma e a piscina.
Trampolim:
O trampolim é normalmente feito de duralumínio, com 5,05 metros de comprimento por 2,91 metros de largura e altura de 1 ou 3 metros.
Além disso, há tatames para treino seco, colchonetes, trampolins auxiliares, e áreas para preparação física.
Como funcionam as competições oficiais
As competições de saltos ornamentais seguem regras da World Aquatics – anteriormente conhecida por FINA (Federação Internacional de Natação). Os atletas escolhem uma série de saltos com diferentes graus de dificuldade. Cada salto é avaliado por juízes, que consideram execução, forma e entrada na água. A pontuação é multiplicada pelo grau de dificuldade, o que valoriza movimentos mais ousados.
Acredita-se que existem mais de 80 variações de manobras possíveis na modalidade. As mais comuns são o mortal e o twist. No mortal, o giro acontece na vertical, enquanto no twist o atleta faz um giro em torno de si mesmo na horizontal. Esses dois saltos básicos podem ter bastante variações, sendo apresentados em sentido inverso ou com as pernas esticadas ou dobradas.
As provas podem ser disputadas em trampolins de 1 e 3 metros e em plataformas com altura mínima de 5 metros e máxima de 10 metros. De maneira geral, são seis os grupos de saltos:
- Salto de frente: quando o saltador parte da posição inicial de frente para a água.
- Salto de trás: quando o saltador parte da posição inicial de costas para a água.
- Salto revirado: quando o saltador sai de costas com execução do movimento para frente.
- Salto parafuso: quando o saltador realiza giros, tornando o corpo como eixo de rotação.
- Salto de equilíbrio: quando o saltador sai a partir de uma posição de parada de mãos.
Além dos seis grupos, é possível somar algumas posições que se dão a partir de combinações de movimentos corporais, como:
- Grupada: salto com os joelhos juntos, voltados para o peito e com o corpo dobrado nos joelhos e quadris.
- Esticada: salto com o corpo reto.
- Livre: saltos com combinação das posições básicas.
- Carpada: salto com as pernas retas e corpo dobrado na cintura.
Quais os equipamentos necessários para a prática do esporte?
Os atletas de saltos ornamentais usam apenas uma sunga de mergulho (homens) ou um maiô (mulheres). Nem mesmo os óculos são utilizados, pois podem causar lesões aos praticantes no momento do impacto com a água.
Riscos envolvidos nos saltos ornamentais
Apesar de ser um esporte deslumbrante, os saltos ornamentais certamente apresentam riscos como qualquer modalidade de impacto técnico. Os mais comuns são lesões musculares, torções nos tornozelos e joelhos, além de pancadas na água mal distribuídas que podem causar hematomas ou lesões na coluna e ombros. Outro ponto importante é o risco de batidas na plataforma ou trampolim em execuções mal calculadas. Por isso, a prática segura exige infraestrutura adequada, acompanhamento técnico profissional e progressão gradual dos movimentos. Quando respeitados esses critérios, o esporte se torna seguro e altamente benéfico. Então, nada de sair por aí pulando de plataformas altas e tentando fazer acrobacias sem que tenha as instruções corretas.
Antes de iniciar, é extremamente recomendado procurar por um instrutor ou especialista que possa fornecer todo o suporte que precisa para aprender a forma correta de mergulhar sem se machucar.
Dicas para iniciantes no esporte
Quer começar nos saltos ornamentais? A dica é: comece com o básico e tenha constância. Não tente acelerar o processo. Treinar fora da água, com rolamentos e saltos no solo, ajuda a entender os movimentos. Respeite seu ritmo, confie na orientação dos instrutores e mantenha a mente aberta para aprender com os erros.
Conclusão: mergulhe nessa experiência única!
Os saltos ornamentais unem beleza, técnica e superação em uma modalidade completa. Seja para crianças iniciantes ou adultos em busca de novos desafios, o esporte é uma jornada aquática inesquecível. Infelizmente, o Clube Paineiras do Morumby não oferece atualmente a modalidade de saltos ornamentais, mas mantém uma tradição forte em outras modalidades aquáticas.
Esportes aquáticos do clube Paineiras do Morumby
O Clube Paineiras tem tradição na formação de jovens e atletas em diversas modalidades dos esportes aquáticos e da ginástica. Por exemplo:
1 – Polo Aquático: é uma das modalidades mais cultivadas no Clube Paineiras do Morumby. O clube conta com um gigante complexo aquático, com 7 piscinas aquecidas, sendo uma delas olímpica, piscina kids e piscinas sociais.
O longo apoio e incentivo ao Polo Aquático é comprovado pelas conquistas como o Pan-americano de Clubes e importantes títulos nos campeonatos paulista e brasileiro, além de estar diretamente envolvido na formação de base de atletas que servem com excelência a seleção brasileira em jogos olímpicos, campeonatos mundiais, pan-americanos e sul americanos.
2 – Nado sincronizado: é um esporte aquático de grande performance artística, assim como o salto ornamental, mas que exige muito fisicamente dos atletas.
No Clube Paineiras passou a ser praticado no final da década de 80, e desde então tornou-se um dos esportes de maior excelência no clube. Em menos de 20 anos de prática, o clube se fez presente em quatro Olimpíadas consecutivas, revelando as maiores referências em Nado Sincronizado no país, que são as gêmeas Carolina e Isabela de Moraes, e a dupla olímpica Nayara e Lara.
O clube Paineiras também oferece diversas outras modalidades aquáticas, como natação, ginástica artística e outros, tanto em atividades competitivas como formativas, divididas em:
Área formativa: responsável por todos os cursos de iniciação e aperfeiçoamento esportivo, tanto no SEFFE (Setor de Educação Física e Formação Esportiva), que engloba crianças de 1 a 12 anos, e SAT (Setor de Aperfeiçoamento Técnico), que engloba os jovens a partir dos 12 anos.
Área recreativa: responsável pela realização de eventos que podem ter duração de um final de semana a um ano, como também pela gestão de espaços e cursos das mais variadas modalidades.
Área competitiva: responsável pela representatividade do clube Paineiras em competições oficiais junto aos órgãos máximos do esporte.
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