Basquete Feminino – Conheça a Modalidade

Basquete Feminino - Mulher bonita em roupas esportivas jogando basquete

O Basquete é um dos esportes olímpicos mais populares do mundo. Nas escolas, é uma das modalidades mais praticadas nas aulas de educação física. No Brasil, pode ser considerado um esporte ainda jovem, mas com uma história muito rica. Neste artigo, falaremos do Basquete feminino, sua história, regras, desenvolvimento no Brasil e incentivo aos jovens praticantes.

O Clube Paineiras do Morumbi, por exemplo, oferece sua área formativa para o desenvolvimento das crianças, atualmente com mais de 3 mil alunos e uma grade de cursos variados em diversas modalidades e horários. O Basquete feminino faz parte desse quadro de esportes, desenvolvendo as meninas em atributos motores, psico-afetivos e sociais, despertando o interesse delas pela prática esportiva.

Além disso, desde 2019 o Paineiras é uma das unidades licenciadas da NBA Basketball School, que cuida do treinamento de crianças de 6 a 18 anos de idade.

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A origem do Basquete feminino no Mundo

Foi Senda Berenson a responsável por impulsionar e difundir o Basquete entre as mulheres no mundo. Nascida em 1968, na Lituânia, mudou-se aos sete anos para os EUA.

Em 1892, já professora de educação física do Smith College, uma faculdade privada de artes liberais para mulheres, em Northampton, Massachusetts, ficou sabendo de um novo esporte inventado por James Naismith: o Basquetebol. 

Aquilo chamou tanto a atenção de Senda, apaixonada por esportes, que ela chegou a entrevistar o próprio Naismith para entender melhor as regras e dinâmicas daquela nova modalidade esportiva. Foi assim que ela decidiu levar o Basquete para o Smith College e difundi-lo entre suas alunas.

Em 1893 conseguiu realizar a primeira partida de Basquete feminino da história. A disputa foi entre as alunas de primeiro e segundo ano do Smith College, e contou com 800 espectadores.

Senda também foi responsável por alterar algumas regras do jogo para melhor adaptá-las à dinâmica de jogo das meninas, posteriormente ocupando o cargo de presidente da Women ‘s Basketball Rules Committee, criado em 1899. Por lá, ela permaneceu de 1905 até 1917.

Senda Berenson
Senda Berenson - a fundadora do Basquete Feminino. Créditos: wikipedia

Sua contribuição para o Basquete é muito louvada, pois sendo mulher, estrangeira e judia, não encontrou caminho fácil para alavancar o esporte. Sua história também é muito lembrada, pois foi responsável por desenvolver não só o Basquete feminino, como também no incentivo ao masculino, fato raro quanto se trata de esportes populares como o Basquete.

As regras criadas por ela foram utilizadas até a década de 60 por todo o mundo, posteriormente, em meados de 1971, aplicadas para todas as categorias.

A origem do basquete no Brasil ?

Augusto Shaw foi o responsável por trazer o Basquete ao Brasil. Nascido em Nova York, ele teve o primeiro contato com o esporte em 1896 enquanto cursava Artes na universidade de Yale.

Pouco tempo depois, ele aceitou um convite da universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, para atuar como professor. Em sua mudança, trouxe livros, obras de artes e uma bola de Basquete.

A curiosidade é que o professor teve bastante resistência para conseguir introduzir a modalidade nas escolas brasileiras. Isso porque os homens não viam a modalidade com o mesmo entusiasmo que tinham por outros esportes como o futebol, mas as mulheres, ao contrário, se apaixonaram pelo esporte rapidamente.

O Basquete feminino no Brasil

Basquete Feminino - Jogadora de basquete feminino segurando uma bola. Cerca de 25 anos, sorrindo, morena, caucasiana em fundo cinza.

Como falamos, houve certa resistência até o Basquete se tornar um esporte mais popular no Brasil. Para as mulheres, não era visto como uma modalidade socialmente aceita. O incentivo aos esportes sempre foi majoritariamente destinado aos homens, e a emancipação feminina também foi, e ainda vem sendo, conquistada nesse meio.

No século XIX, o conceito de feminilidade era fortemente difundido. Socialmente acreditava-se que as mulheres devessem ser delicadas, frágeis, portar-se de acordo com as convenções sociais, sempre belas, recatadas, atributos que não se encaixavam no perfil das mulheres praticantes do Basquete.

Contudo, o Basquete feminino resistiu e ao longo dos anos ganhou cada vez mais adeptas. Em uma época em que o esporte feminino era visto como algo “feio” e até ofensivo, nomes como Norminha, Heleninha, Nadir, Odila e Marlene lutaram para seguir jogando, destacando o nome do Brasil em campeonatos pelo mundo e permitindo que novas gerações desfrutassem dos benefícios e alegrias que o Basquete pode oferecer a rotina saudável das meninas.

Títulos do Basquete feminino

A lista de títulos do Basquete feminino brasileiro é imensa e, sem dúvidas, coloca a modalidade no topo de destaque dentro e fora do país.

 

As desbravadoras da modalidade no Brasil contavam com nomes como Maria Helena Cardoso, Norminha, Heleninha, Nadir, Odila, Marlene, Benedita, Jacy, Nilza, Delcy, Elzinha e Simone. Foram elas quem pavimentaram o terreno na década de 60 e 70 para que outras gerações pudessem disputar pela primeira vez os Jogos Olímpicos e conquistar medalhas.

Essa geração foi responsável pelo reconhecimento do Basquete feminino em nível internacional. Em campeonatos Sul-Americanos, por exemplo, o Basquete feminino brasileiro foi ouro em 1954, 58, 65, 67, 68, 70, 72, 74, 78, 81, 86, 89, 91, 93, 95, 97, 99, 2001, 03, 05, 06, 08, 10, 13, 14 e 2016, sendo o maior campeão de todos os tempos do torneio.

Para essa geração, a grande virada da modalidade e reconhecimento nacional aconteceu em 1971, no Mundial, quando conquistaram a medalha de bronze no Ibirapuera, em São Paulo.

Por falar em Mundial, o maior resultado brasileiro aconteceu em 1994 com a incrível geração de Janeth, Paula e Hortência, quando o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio, conquistando o Mundial e batendo a grande potência da modalidade: os Estados Unidos.

Em jogos Olímpicos, o Brasil feminino teve sua primeira participação em 1992, em  Barcelona, ficando em 7º lugar. Em 1996, em Atlanta, ficamos com uma honrosa medalha de prata, perdendo apenas para os Estados Unidos na final.

Outros títulos de destaque são os três ouros em Jogos Pan-Americanos, três em Copa Américas Femininas de Basquetebol e dois em campeonatos Pré-Olímpicos das Américas.

As principais regras do Basquete

O Basquete é um esporte coletivo. São duas equipes de cada lado, com cinco jogadores por time e mais cinco em cada banco de reservas, que podem ocupar as posições de armador (quem começa com a bola e planeja as jogadas), ala (serve de apoio à base até a cesta) e pivô (fundamental na defesa e também na finalização das jogadas ofensivas).

As partidas têm duração de 40 minutos, divididos em quatro tempos de 10 minutos. Na NBA, principal liga de basquete do mundo, são quatro tempos de 12 minutos, totalizando 48 minutos de partida.

Só se pode pegar a bola com as mãos, e não se pode dar mais que dois passos segurando-a, e sim sempre quicando no chão.

A pontuação é marcada a partir das cestas no campo adversário. Os lances livres valem 1 ponto, cestas no garrafão são de 2 pontos, e antes da linha dos três pontos, 3 pontos.

Os jogadores só podem cometer cinco faltas, caso ultrapasse essa marca são eliminados da partida.

O Basquete também possui algumas regras específicas que regulamentam o controle da bola e as marcações, passíveis de falta:

  • Regra dos 3 segundos: o jogador não pode ficar mais do que três segundos dentro do garrafão caso não esteja com a bola na mão.
  • Regra dos 5 segundos: o tempo de contato com a bola que o atleta pode ter é de até cinco segundos.
  • Regras dos 8 segundos: o time que estiver com a posse de bola na defesa tem até oito segundos para avançar além da linha da meia quadra para o ataque.
  • Regra dos 24 segundos: o time tem até vinte e quatro segundos para arremessar a bola na cesta.
  • Caso ocorra um empate, serão concedidos prorrogações de até 5 minutos.

Os benefícios do Basquete para as crianças

A iniciação ao Basquete pode ser feita desde muito cedo, sendo apresentado como de uma maneira mais lúdica, trazendo benefícios como condicionamento físico, adaptação especial, coordenação motora global, equilíbrio dinâmico, força, agilidade e outros.

A partir dos 12 anos, os treinamentos podem passar a ser mais técnicos, introduzindo às regras do jogo e as preparando para um nível mais competitivo.

Por ser uma modalidade ágil e de jogo de equipe, o Basquete é muito envolvente e apaixonante. Isso faz com que as crianças aprendam desde cedo conceitos de trabalho em equipe, de respeito ao próximo, cumplicidade e competição.

É uma modalidade perfeita para formar pessoas com maior disciplina e autoconfiança, introduzindo em suas vidas conceitos sobre caráter, honestidade, humildade, solidariedade e respeito.

O Basquete feminino do clube Paineiras do Morumbi

O Basquete feminino do clube Paineiras do Morumbi faz parte da área formativa responsável por todos os cursos de iniciação e aperfeiçoamento esportivo. Em 2019, o clube lançou oficialmente o programa NBA Basketball School, um método de treinamento para crianças de 6 a 18 anos.

A metodologia se divide em 4 níveis: novato, iniciante, all-star e MVP, ensinando aos jovens conceitos importantes de competição, de equipe, valores, desenvolvimento do bem-estar e muito mais.

São mais de 60 anos oferecendo o que há de mais moderno e inclusivo no ensino e prática de diversas modalidades esportivas, assim como o Basquete feminino.

Calendário de eventos do Clube Paineiras do Morumby

Com a finalidade promover o lazer e entretenimento para os associados, o Paineiras realiza ao longo do ano diversos eventos sociais e festivos, que já fazem parte do calendário de nossa cidade, como:  Matinês de Carnaval, Feijoada da Folia, Festa Junina, Aniversário do Paineiras, Carnivoria, Réveillon, Festival das Escolas de Esportes, torneios e competições nacionais e internacionais e muito mais.

Agenda Paineiras
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