Dengue: o que é preciso saber?

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Quem acompanha o noticiário nacional, já deve ter ouvido falar que a epidemia de dengue se espalhou pelos mais diversos locais do país. Algumas cidades, inclusive, já decretaram situação de emergência por causa do crescimento de casos da doença desde o início deste ano. Então, é importante ficar de olho em alguns detalhes para identificar e se precaver em relação a esse problema que já recorrente no Brasil, especialmente em épocas de temperaturas mais elevadas. As informações são do Centro Médico e do departamento ambiental do clube.

Sinais e sintomas

Primeiro de tudo, vale ressaltar que a dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria das pessoas se recupera, porém, parte delas pode progredir para formas graves, inclusive virem a óbito. Quase todos os óbitos por dengue são evitáveis e dependem, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.

Importante: pessoas que apresentarem febre (39°C a 40°C) de início repentino, seguida dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos, devem procurar imediatamente um serviço de saúde, para encontrar o tratamento mais adequado.

No entanto, após o período febril, não e pode baixar a guarda. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), alguns sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora do paciente. Tecnicamente, esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados:

  • dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua.
  • vômitos persistentes.
  • acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).
  • hipotensão postural (queda da pressão) e/ou lipotimia (sensação de desmaio).
  • letargia (moleza e sonolência) e/ou irritabilidade.
  • aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) > 2cm
  • sangramento de mucosa
  • aumento progressivo do hematócrito (no exame de sangue).

Passada a fase crítica da doença, começa então a fase de recuperação. No entanto, a dengue pode progredir para formas graves que estão associadas ao extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento grave de órgãos, que podem evoluir para o óbito do indivíduo.

É importante destacar que todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém pessoas com condições preexistentes como mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas acima de 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.

Como ocorre a transmissão?

A transmissão do vírus da dengue (DENV) é feita às pessoas principalmente pela picada de fêmeas do mosquito Aedes aegypti infectadas. Também existem, mas são raras, transmissões via vertical (de mãe para filho durante a gestação) e por transfusão de sangue. O que não existe é a transmissão por contato direto entre pessoas ou objetos contaminados.

O diagnóstico da dengue

Não existe necessidade da realização de exames específicos para o tratamento da doença, já que o diagnóstico é baseado nas manifestações clínicas apresentadas pela pessoa. No entanto, existem disponíveis técnicas laboratoriais para identificação do vírus (até o 5° dia do início da doença) e pesquisa de anticorpos (a partir do 6° dia do início da doença).

Prevenir sempre

Além das ações realizadas pelos agentes de saúde, as pessoas devem fazer a sua parte. Há uma série de cuidados que podem e devem ser adotados pela população, em busca de evitar a proliferação do vírus e incidência da dengue:

  • uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão
  • remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos
  • vedação dos reservatórios e caixas de água
  • desobstrução de calhas, lajes e ralos
  • participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Nesse ponto, vale enfatizar que o clube realiza diversas ações para prevenir suas dependências dos focos de dengue. Trata-se de uma série de ações coletivas como:

  • Termonebulização (Fumacê) e atomização semanalmente nas áreas internas e externas do clube, intensificando os trabalhos principalmente nas áreas com vegetação
  • Utilização de armadilhas eletrônicas em pontos estratégicos
  • Limpezas frequentes de telhados e calhas
  • Intensificação dos trabalhos de monitoramento pela equipe de áreas verdes, com o objetivo de localizar e eliminar possíveis pontos de acúmulo de água.

Medidas preventivas individuais também são essenciais, principalmente ao circularem em áreas com vegetação como: o uso de repelentes e uso de calças e camisas com mangas compridas para a proteção das áreas do corpo.

Tratamento e vacinação

Por fim, o tratamento da dengue é baseado, principalmente, na reposição de líquidos adequada. Por isso, conforme orientação médica, algumas ações devem ser tomadas em casa:

  • Repouso e Ingestão de líquidos
  • Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência, em caso de sangramentos ou surgimento de, pelo menos, um sinal de alarme. Não usar derivados do AAS (ácido acetilsalicílico), pelo risco do aumento de sangramentos.
  • Retorno para reavaliação clínica, conforme orientação médica.

Embora ainda não haja tratamento específico para a doença, vale reforçar a importância de se vacinar contra a dengue. O Ministério da Saúde afirmou que a vacinação teve início no último mês, em duas doses, começando por crianças e adolescentes. Em meio à alta de infecção, o imunizante será aplicado em 521 municípios de regiões endêmicas do país.