Junho: o mês do orgulho chegou!

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Por um mundo mais colorido, em vários lugares no mundo, incluindo o Brasil, o mês de junho é marcado por várias manifestações a favor dos direitos da comunidade LGBTQIAP+. É justamente nesta época em que são realizadas as famosas paradas pelas ruas do país, que reúnem milhões de pessoas com objetivo de conscientizar a população em geral sobre a luta contra a discriminação em relação a homossexuais, transexuais e transgêneros.

Junho engloba uma data especial para o movimento, que é o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+fobia, celebrado no dia 28. Além disso, o período foi escolhido por ter sido o mês em que ocorreram uma série de manifestações a favor dos direitos das pessoas LGBTQIAP+ em Nova York no ano de 1969. Os protestos foram organizados após a invasão de um bar voltado a este público por policiais numa época em que era proibido ser gay.

Combatendo a LGBTPQIA+fobia

Um dos principais objetivos das manifestações é justamente combater qualquer tipo de violência contra membros comunidade LGBTQIAP+. Para quem não sabe, existe LGBTQIAP+fobia, que consiste no ódio e repulsa por pessoas pertencentes ao grupo. Essas atitudes devem ser combatidas para que se possa formar uma sociedade baseada na tolerância e respeito ao próximo, independente da sua orientação sexual ou de gênero.

Além disso, LGBTQIAP+fobia é uma violação contra os Direitos Humanos e foi criminalizada em 19 de junho de 2019, por meio de uma decisão do Superior Tribunal Federal que determinou que a discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero seria um crime. Agora quem comete esse tipo de conduta criminosa é punido pela Lei de Racismo, que prevê crimes de preconceito por raça, cor, etnia, religião e procedência nacional. Isso até o surgimento de lei específica para tratar da questão.

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Infelizmente, ainda existe um grande preconceito contra os membros dessa comunidade na maioria das sociedades que, em diversos casos, acaba resultando em atos desumanos de violência extrema contra esses indivíduos.

A utilização da sigla LGBTQIAP+

Uma pergunta comum que surge quando se aprende sobre o assunto é sobre o significado da sigla LGBTQIAP+. A sigla LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) não integra todos os tipos de sexualidade. A Aliança Nacional LGBTI desenvolveu o Manual de Comunicação LGBTI+ que ajuda a entender os significados de cada letra:

Lésbicas: mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outras mulheres.

Gays: homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outros homens

Bissexuais: diz respeito aos homens e mulheres que sentem atração afetivo/sexual pelos gêneros masculino e feminino.

Transexuais: diferentemente das letras anteriores, o T não se refere a uma orientação sexual, mas a identidades de gênero. Também chamadas de “pessoas trans”, elas podem ser transgênero (homem ou mulher), travesti (identidade feminina) ou pessoa não-binária, que se compreende além da divisão “homem e mulher”

Queer: são aquelas que transitam entre as noções de gênero, como é o caso das drag queens. A teoria queer defende que a orientação sexual e identidade de gênero não são resultado da funcionalidade biológica, mas de uma construção social.

Intersexual: a pessoa está entre o feminino e o masculino. As suas combinações biológicas e desenvolvimento corporal (cromossomos, genitais, hormônios etc) não se enquadram na norma binária (masculino ou feminino).

Assexual: não sentem atração sexual por outras pessoas, independente do gênero. Existem diferentes níveis de assexualidade e é comum essas pessoas não verem as relações sexuais humanas como prioridade.

Pansexuais: indivíduo que sente atração por pessoas independente do gênero delas, de como se expressam para o mundo e de sua orientação sexual. Ou seja, a pessoa pode se sentir atraída por pessoas heterossexuais, homossexuais, bissexuais, dentre outras.

+: O símbolo de “ mais ” no final da sigla aparece para incluir outras identidades de gênero e orientações sexuais que não se encaixam no padrão cis-heteronormativo, mas que não aparecem em destaque antes do símbolo.

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Apoio e solidariedade

Para que o mundo seja um lugar de fato mais colorido, ou seja, com equidade de direitos, respeito e liberdade independente do gênero ou orientação de uma pessoa, é muito importante que haja empatia de quem também não se identifique com alguma das siglas do movimento. Não se trata de uma luta apenas de quem se identifica com o espectro LGBTQIAP+ mas sim,  papel de toda a sociedade agir em prol desta causa, acolhendo e respeitando a diversidade e apoiando causas de inclusão que visem que pessoas sejam livres de violações de direitos e preconceito.

O primeiro passo é se aprofundar no assunto por meio de conteúdos relevantes e de fontes confiáveis, entendendo sobre seus objetivos e disseminando informações honestas e consistentes.

E por falar nisso, já deu uma olhadinha no em nossos logotipos nas mídias sociais? Nós, do Clube Paineiras do Morumby, não apenas acreditamos na importância social da diversidade em todos seus espectros mas respeitamos igualmente todo ser humano com suas individualidades.