Lutas Brasileiras – será que você conhece alguma dessas 8 modalidades?

Lutas Brasileiras

Lutas Brasileiras

As artes marciais estão entre as modalidades esportivas mais antigas do mundo, com registros de práticas pelos antigos egípcios, na Grécia-antiga, inclusive há registros de lutas em praticamente todas as eras da humanidade: babilônios, japoneses, chineses, gregos e romanos, desde milhares de anos antes de Cristo.

Aliás, muito antes de ser considerada como um esporte, a prática já tinha um conceito básico de defesa e de ataque, no sentido de demonstrar superioridade em um confronto.

No Brasil não é diferente, pois também possuímos uma tradição nessa área. A seguir vamos entender mais sobre nossa história nesse nicho, e compreender a importância das lutas brasileiras.

Sumário

Qual a origem das lutas no Brasil?

A origem das lutas marciais estão profundamente relacionadas a história do nosso povo...

É fato que desde os primórdios as lutas estavam presentes na natureza através dos animais e do ser humano, com registros em praticamente todas as culturas do nosso país, originadas da mesclagem indígena com africanos escravizados. Não é à toa, existem várias lutas genuinamente brasileiras, como: Capoeira, Huka Huka, luta marajoara, Berimbau e o Jiu-jitsu brasileiro, são apenas alguns exemplos.

Quais são os tipos de lutas brasileiras?

Estica a coluna aí, que a vontade de entrar numa luta brasileira vai ser grande! Pois nossa história é rica e merece muito respeito.

1 - Capoeira

Vamos começar com a capoeira: uma verdadeira expressão cultural brasileira!

A luta teve origem no época colonial e foi criada pelos negros escravizados por portugueses. Durante essa era, qualquer tipo de luta, que eram entendidas como expressão de rebeldia ou afronta pelos portugueses, eram proibidas ao mesclar elementos como instrumentos musicais, canto e dança, a prática da Capoeira era permitida, pois era entendida pelos colonizadores como um momento lúdico dos escravizados, e não como uma prática de arte marcial.

Hoje em dia ela constrói relações de sociabilidade e familiaridade entre mestres e discípulos, sendo difundida de modo oral e gestual nas ruas e academias.

Homens praticando capoeira

2 - Jiu-Jitsu brasileiro

O Jiu-Jitsu não começou por aqui, ele foi trazido pelos japoneses, mas foram os brasileiros que moldaram a luta na forma como conhecemos, a modalidade de arte marcial brasileira baseada em luta e finalização. O Jiu-Jitsu foi desenvolvido no Brasil principalmente pela família Gracie, após seus integrantes terem sido treinados pelo judoca japonês Mitsuyo Maeda.

O estilo desenvolvido pelos Gracie rendeu vitórias fantásticas. Um século após a chegada do estilo ao Brasil, o Jiu-Jitsu brasileiro pode ser considerado uma das poucas artes marciais praticadas nos quatro cantos do continente, tamanho o respeito e a revolução que a técnica proporcionou ao esporte.

3 - Huka huka

Os índios brasileiros também tem sua própria arte marcial. As lutas na sua maioria são de origem oriental. O Huka é 100% nativo da América do sul, mais precisamente do Xingu, criado pelo povo indígena Bakairi (reserva indígena no norte mato-grossense).

Fora da competição, a luta é usada para os jovens índios mostrarem que estão prontos para a vida adulta. Os combates acontecem sempre depois do Quarup, um ritual que homenageia os mortos na cultura indígena. O chefe do grupo de lutas começa o combate, intimando o atleta que deve enfrentar, caso seja derrotado, ele perde o status de líder até reconquistar dentro da luta.

Luta de huka huka

4 - Marajoara

Há certa imprecisão quanto à origem da luta Marajoara. Algumas hipóteses sinalizam que seu surgimento remete à tribo Aruã, a povos africanos escravizados, inspirado na luta de búfalos e a confrontos amistosos realizados entre vaqueiros. Contudo, ambas as

hipóteses situam seu surgimento no Arquipélago de Marajó, localizado na região Norte do Brasil.

O objetivo da luta é fazer o adversário encostar as costas no chão. Sempre acontecem na areia ou em local de terreno macio para evitar que os participantes se machuquem.

A luta marajoara é considerada uma manifestação cultural tradicional da região do Arquipélago de Marajó. Além de vincular-se à religiosidade desse local, essa luta foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,em 2013, como elemento cultural imaterial tradicionalmente vinculado à festa do Glorioso São Sebastião, realizada anualmente na região.

5 - Tarraca

Casimiro de Nascimento Martins, conhecido como “Rei Zulu”, foi um lutador de Vale Tudo especialista em Tarracá que se tornou uma lenda por rodar o Brasil inteiro com a missão de provar a eficiência de sua luta de origem, chegando a enfrentar Rickson Gracie. 

Tarracá é uma dos tipos de luta brasileira,com origens na região de Pindaré, no interior do Estado do Maranhão, no Nordeste do Brasil. Essa luta decorre da

mistura de tradições indígenas, europeias e africanas. É uma luta agarrada, ou seja, caracterizada pela agarrada, forma de pegada cujo intuito é favorecer a derrubada do oponente com as costas no solo. 

Sua prática é popular entre peões negros, caboclos e cafuzos, que praticam o Tarracá (“atarracar”, “atracar”) em currais ou margens de rios ao final de um dia de trabalho nas fazendas.

6 - Kombato

Com o Kombato você aprende técnicas de combate armado e desarmado, como desarmar um inimigo potencial, como negociar em caso de reféns, como agir ou não agir em situações de risco, e como escolher qual opção tomar. Você também aprende como as leis e o judiciário no Brasil funcionam em casos de defesa pessoal, e uso e porte de armas.

Esse estilo de luta foi desenvolvido na década de 1990 por um grupo de mestres graduados em diferentes artes marciais e que buscavam fundar um método de autodefesa baseado em situações de conflitos urbanos e guerras. O objetivo do Kombato é preparar os praticantes para se adaptarem rapidamente a situações de risco considerando ameaças do tempo presente. 

Para isso, propõe-se um método com técnicas de combate que simulam situações de violência e agressão em diversos locais, como bares, restaurantes, carros, elevadores, entre outros.

7 - Vale tudo

O vale-tudo é uma modalidade de combate sem armas, onde os lutadores utilizam apenas os seus corpos para ferir e possui com isso, poucas regras, o suficiente para preservar a integridade física dos lutadores, bastante amplo em termos técnico-táctico com um sistema muito próprio de preparação e desenvolvimento bastante complexo devido à exigência das lutas,  teve origem com os “desafios dos Gracies”, em que lutadores de diferentes modalidades eram convidados a lutarem no mesmo evento. 

Ela é realizada em um ringue de boxe e recebe esse nome por ser permitido que diferentes golpes sejam aplicados durante a luta. Desse modo, atletas de diferentes modalidades, como Jiu-jitsu, Capoeira e Boxe, podem disputar entre si sem precisarem, necessariamente, treinar ou aplicar golpes da mesma modalidade.

Homens praticando vale-tudo

8 - Uru Can

O uru-can mescla Karate, Taekwondo, Kung Fu, Judô e Jiu-Jitsu, e é praticada por cerca de 500 pessoas pelo país, criada na divisão de paraquedistas do Rio de Janeiro, dentro do exército brasileiro, se trata de uma arte marcial 100% brasileira, embora utilize elementos de outras lutas já consagradas de origens japonesas e coreana.

Qual tipo de luta brasileira mais conhecida?

A capoeira sem dúvida é uma das mais conhecidas lutas de origem puramente brasileira. Entretanto, o desenvolvimento do estilo brasileiro de Jiu-Jitsu é o mais aclamado e respeito pelo mundo afora, pois foi capaz de modificar toda uma dinâmica de lutas, influenciando não só no estilo de luta, como na formação de lutadores que hoje competem em circuitos de artes marciais mistas.

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O Clube Paineiras do Morumby possui um dos mais respeitados departamentos de artes marciais do país, como no judô do Clube, com mais de meio século de história e tradição no oferecimento do ensino e da prática da modalidade de excelente qualidade aos seus associados.

O judô do Clube Paineiras já contou com nomes lendários, como o saudoso sensei Ikuo Onodera, e outros não menos brilhantes, como Mauro Junqueira, Robertinho Machusso e, mais recentemente, Alexandre Lee, responsáveis pela conquista de diversos campeonatos e, inclusive, na convocação de atletas para as Olimpíadas, como Eduardo Katsuhiro Barbosa e Rafael Buzacarini em Tóquio.

O Clube Paineiras do Morumby também tem tradição em sua área formativa em lutas brasileiras e internacionais, responsável por mais de 3000 alunos, oferecendo diversos cursos de iniciação e aperfeiçoamento esportivo nas mais variadas modalidades e horários, como no Boxe, Jiu-Jitsu e Karatê.

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